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Carlos Menem, ex-presidente da Argentina, morre aos 90 anos

internacional

Carlos Menem, ex-presidente da Argentina e atual senador pela província de La Rioja, morreu neste domingo (14), aos 90 anos.

Ele foi a pessoa que mais tempo comandou o país vizinho de forma ininterrupta -- foi presidente de 1989 a 1999, com uma política de privatização e forte abertura às importações que o distanciou da doutrina estatista e industrial histórica de sua força política, o peronismo do Partido Justicialista. Um outro ramo desse grupo agora exerce o poder novamente, com Alberto Fernández como presidente.

Sua visão privatizante e liberal fez dele figura querida para o Fundo Monetário Internacional, os investidores de Wall Street, os republicanos dos EUA e o Fórum Econômico Mundial de Davos.
Formado em direito, Menem foi governador de sua província natal, La Rioja, em duas ocasiões, a primeira em 1973, embora tenha sido destituído do cargo quando ocorreu o golpe de 1976 e foi detido por dois anos.

Foi o único presidente latino-americano a aderir à aliança ocidental para participar da Guerra do Golfo (1990-91), com o despacho de dois navios.

Menem concorreu à presidência novamente em 2003 e venceu o primeiro turno com 24% dos votos, contra 22% do peronista Néstor Kirchner. No entanto, ele se recusou a participar do 2º turno por perceber o risco de uma avalanche de votos para seu rival.

Uma grave pneumonia diagnosticada em 13 de junho, piorada por seus problemas de diabetes, afetou seriamente sua saúde nas últimas semanas.

Ele esteve internado primeiro no Instituto Argentino de Diagnóstico (IADT). Depois, foi transferido para o Sanatório Los Arcos, no bairro portenho de Palermo, para fazer um check-up de próstata, mas foi diagnosticado com uma infecção urinária que complicou seus problemas cardíacos.

Na véspera de Natal, ele foi induzido ao coma após apresentar insuficiência renal. Mais tarde chegou a ser despertado e se sentia melhor, mas acabou falecendo nesta mesma clínica.

 

Fonte: g1

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