compartilhar

Onda de frio histórica: temor por mortes de moradores de rua mobiliza ONGs e governos

temperatura

Desde o início da semana, meteorologistas alertam para a chegada de uma massa de ar frio histórica que pode derrubar as temperaturas de Norte a Sul do Brasil em até 15ºC.

Com a previsão de que o sistema provoque neve, geada e temperaturas negativas em algumas regiões, ONGs, governos e prefeituras de Estados do Sul e Sudeste estão fazendo uma força-tarefa para evitar que moradores de rua morram de frio.

 

Apenas no Estado de São Paulo em 2019, a Polícia Civil investigou seis casos de morte desse tipo.

A cidade de São Paulo tem mais de 24 mil moradores de rua, segundo o último censo de 2019.

A ONG Anjos da Noite vai distribuir 800 marmitas e 800 garrafas de água no sábado (22), data em que o grupo formado por dezenas de voluntários completará 31 anos. O fundador, Kaká Ferreira, diz que também doará roupas e cobertores a moradores de rua do centro de São Paulo.

Os Anjos da Cidade disseram que na noite de sexta vão entregar "200 cobertores, 200 meias, 200 toucas, 200 águas e muito amor" na região da Barra Funda (zona oeste) e centro da capital.

Empresários também estão se reunindo para juntar dinheiro e distribuir alimentos quentes e agasalhos. O Projeto Van Solidária e a Rede de Supermercados DIA doarão mil cobertores a moradores de rua das cidades de Diadema (Grande SP), do centro e da zona sul da capital paulista.

O padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, fez um apelo especial para que, além de cobertores, as pessoas doem gorros e meias para proteger as extremidades do corpo. Especialistas apontam que essas partes esfriam mais rápido, o que pode causar hipotermia.

A Prefeitura de São Paulo informou, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), que intensificará as abordagens aos moradores de rua para encaminhá-los a abrigos quando a temperatura atingir 13°C ou menos. Caso a pessoa não aceite o acolhimento, ela receberá um kit lanche e cobertor.

Caso o morador de rua aceite acolhimento, ele recebe da prefeitura um kit higiene, tem acesso a banho e três refeições (café da manhã, almoço e jantar), além de ser encaminhado a outros serviços caso seja identificada alguma necessidade.

Desde o dia 6 de maio, a administração municipal iniciou um plano para baixas temperaturas e fez mais de 1 milhão de acolhimentos desde então — contando com as pessoas que foram acolhidas mais de uma vez. A operação continuará em vigor até 20 de setembro.

Quem encontrar pessoas em situação de rua pode ligar para o telefone 156 da prefeitura para pedir auxílio. Caso ela não aceite ir a um abrigo, especialistas dizem que o ideal é tentar proteger as extremidades do corpo, como cabeça e pés, além de tentar aquecê-la oferecendo um alimento quente, como uma sopa.

 

Fonte: r7

COMENTÁRIOS